metade da minha vida e devo ter sido mais assaltada em bairros paulistanos de classe média e alta). Andar no ritmo do companheiro de performance, pros fones não desconectarem da gravação, perceber as conexões entre a trilha sonora da cidade e a beleza da estação antiga de trem, do pouco som urbano da natureza e as árvores nos cobrindo quando sentamos e deitamos nas calçadas, além de receber olhares de estranheza dos pedestres foi insólito e permitiu inesperados vínculos com amigos de curso (como era de se esperar, atrapalhei meu parceiro de jornada e me enrolei, derrubei fone, o fiz parar, me ajudar a usar o mesmo de novo, enfim, como diz meu amigo, fui total digna do apelido agente do caos). Ao voltar, conferir as demais performances em som, vídeos, música e poesias dos demais pesquisadores performers da nossa turma me tocou, gerou discussões curiosas e cliques bem vindos. Aos 45 minutos do 2o tempo, a professora e amiga Maria Ribeiro colocou um áudio da Marilia Librandi, que voltou aos Estados Unidos, onde dá aula e era sobre a palestra Escrever com o Ouvido, que a mestra atuante nos EUA deu na PUC, mas não pude conferir. Ouvi-la deu a sensação de que estávamos muito próximos... Por fim, fazer o percurso dilatado de retorno do transporte público com os amigos, com quem compartilho a atuação educativa e conexão espiritual, rumo à periferia no trem, rendeu partilhas e - porque não? - construção compartilhada de conhecimento. Me senti em casa ao retornar pra esses estudos, mesmo após pouco mais de uma semana da partida do meu cachorrinho Bidu, que dividia com meus pais. Em duas semanas tem mais! Pensando bem, melhor nem gerar muita expectativa, pra não fomentar a ansiedade em mim desde já.
conclusões e devaneios. Senti saudades do meu avô escrevendo na sua máquina, menos colorida que a dela, na máquina de café do norte do Paraná, na qual trabalhava e de onde fazia seus livros artesanais e caseiros, além de pesquisar e atualizar uma de suas maiores paixões: nossa árvore genealógica. Fiquei feliz do meu pai não ter deixado eu vender minha máquina há anos, quando o site dos coleguinhas jornalistas Comunique-se quis fazer um museu da comunicação (será que essa ideia saiu do papel?). Bom, voltando à vaca fria - eu e meus colegas de trabalho fizemos uma colagem em áudio de várias gravações que remetiam às nossas escutas e "escritas sonoras" da cidade: trechos de livro do
Nenhum comentário:
Postar um comentário