Achei simpático. Meu estômago também. Cochilar depois dessa circulada deu ao passeio um ar de programa na praia sabe? Água e siesta, só falou a maresia. À noite fomos circular pelo centro. A arquitetura, as calçadas e a rua são todas de pedra. Encontrei uma simpática hamburgueria, cheia de arte pelas paredes e fiz de conta que sou natureba porque comi um vegetariano. Zanzei ouvindo as lembranças da minha amiga pelas ruas. As jovens que foram conosco foram gandaiar ou paquerar, não tenho bem certeza. Tentamos ver o por do sol numa região alta, em que sobem numa casa de pedra, alguns cantam (matei as saudades dos reggae da minha adolescência), outros vendem ou aplaudem o por do sol. É que este dia estava nublado, mas não deixou de ser possível ver paisagens incríveis. Rodamos mais pelas ruas de pedra: enfiei o pé na jaca, comi sobremesa, complementei a janta anterior com cardápio nada original que vivo cozinhando em São Paulo e tomei vinho. Me dei umas bijuterias com pedras de proteção, saia, calimba e troquei muita ideia com a hippie. Aliás
praticamente entrevistei meia cidade porque uma das coisas que valem rodar o país são as histórias das pessoas. O pessoal que foi comigo ainda foi ver um show, tentei dormir cedo, mas tenho dificuldade quando estou feliz e fora de casa. No fim, fomos à Pedra da Bruxa: comecei achando os visitantes meio atirados de ir tão na ponta das pedras, mas terminei fazendo as mesmas fotos lá, abrindo os braços: "olha amiga... E agora: sem juízo"! Quando pensei que já tinha gasto minha cota de precaução, fiz uma tirolesa de 580 metros. Não sem antes entrevistar o engenheiro técnico. Normal começar com dor de barriga, como entrar no palco. Mas perdi o cagaço antes do meio, soltei uma das mãos, o que me virou para a plataforma de cima, me balancei pra frente por curiosidade de continuar vendo a paisagem, empaquei um pouco antes do fim, um moço veio me guinchar ao chão, tentei perguntar se isso era normal, mas não ouviu e no fim escutei que se engordar um pouco mais, descerei até o fim
na próxima. Achei extraordinário, não gritei, nem pareci a escandalosa dos meus tempos de montanha russa. Por fim, encaramos um pit stop mineiro derradeiro na estrada. A caminho da volta arrisquei cardápios mais caipiras (porque meu sistema gástrico não colabora) A guerreira da minha amiga foi dirigindo o caminho todo, mas fez paradas providenciais para banheiros e comidinhas. É incrível viajar sem familiar apressado no volante que já fez parente mijar no carro porque não podia dar uma mísera parada parada ou com sem noção fumando no nosso cangote e nos xingando por reclamar. Sem contar que passear sem vizinhos de banco reaças é a maior brisa. Esse post é só pra comemorar: calculei os frelas na poupança e farei outras quatro viagens anti stress, de trabalho,
para comemorar niver, com amigos e marido até o fim do ano. E reafirmar que concordo com a galera do ecoturismo que recomenda: "viaje pelo mundo, mas antes conheça seu país".
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